Após diversos estudos e investigações conduzidos pelo time de especialistas da Syngenta e renomados pesquisadores brasileiros, descobriu-se que a anomalia da soja se desdobra em duas doenças: podridão de vagens e grãos e quebramento da haste da soja, causadas por um complexo de fungos, principalmente dos gêneros Diaporthe/Phomopsis e Colletotrichum.
Elas têm causado grande preocupação nas últimas safras, especialmente na região central do Brasil. No final de março de 2023, após inúmeros levantamentos de dados nas regiões produtoras mais afetadas, pesquisadores e técnicos reuniram-se no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Holambra (SP) para discutir soluções – e todas as descobertas estão disponíveis mais adiante neste artigo, no formato de perguntas e respostas.
Pesquisadores em reunião para discussão de dados e soluções sobre a anomalia da soja.
No evento, foram debatidos os resultados dos estudos da Syngenta, em comparação com os dados levantados pela comunidade científica. Participaram do evento as principais instituições de pesquisa do país, incluindo Syngenta, Fundação Mato Grosso, Fundação Rio Verde, Proteplan, Embrapa e Universidade de Passo Fundo.
Os resultados encontrados pelos diferentes grupos de pesquisas convergem em relação às causas da anomalia da soja. No vídeo a seguir, é possível verificar os principais pontos debatidos durante o evento, bem como as estratégias para minimizar o problema:
O objetivo do encontro entre os pesquisadores e a Syngenta foi fornecer informações técnicas baseadas em estudos consistentes e soluções para os produtores, não só para o controle da podridão de vagens e grãos e quebramento da haste da soja, mas também para o manejo do complexo de doenças que afeta a cultura.
Na ocasião, pesquisadores e técnicos discutiram detalhes específicos sobre o comportamento dos patógenos em áreas de cultivo de soja e sobre o manejo adequado para mitigar o problema. Os resultados indicam que o manejo com fungicidas à base de solatenol pode reduzir os danos e proteger a produtividade da cultura.
Tudo sobre a anomalia da soja: podridão de vagens e grãos e quebramento da haste da soja
Desde a safra 2020/2021, têm sido cada vez mais frequentes as observações de apodrecimento de grãos e sementes ou apodrecimento das vagens em estágio final de formação em lavouras de soja em certas regiões do Brasil, além de quebramento de hastes.
Especialmente na região central do Brasil, no Estado do Mato Grosso, essa ocorrência tem causado uma redução significativa da produtividade em lavouras com alto potencial produtivo, principalmente nas primeiras semeaduras.
A seguir, estão as respostas para as principais dúvidas sobre a anomalia da soja, incluindo os agentes causais, sintomas, além das condições favoráveis para ocorrência e as melhores soluções para o controle.
Qual a causa da anomalia da soja?
Os agentes causais da anomalia da soja – podridão de vagens e grãos e quebramento da haste – foram identificados a partir de estudos morfológicos e moleculares com isolados encontrados nas áreas acometidas.
Foi detectada a presença de um complexo de patógenos: espécies dos gêneros Diaporthe/Phomopsis, Colletotrichum, Fusarium e Macrophomina, sendo mais frequentes as espécies do gênero Diaporthe (D. ueckerae e D. longicolla) e do gênero Colletotrichum (C. clivae e C. trucatum).
Esses gêneros já são velhos conhecidos dos sojicultores. O complexo Diaporthe/Phomopsis compõe um importante grupo de patógenos da soja com uma ampla diversidade genética, e é responsável por doenças como queima da haste e da vagem, cancro da haste e podridão de sementes da soja. Já Colletotrichum trucatum é o fungo causador da antracnose, outra doença relevante nos campos de cultivo da cultura.
Pesquisadores analisam isolados de patógenos coletados nas áreas que apresentaram os sintomas da podridão de vagens e grãos de soja.
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Quais os sintomas da anomalia da soja?
A avaliação minuciosa dos sintomas da anomalia permitiu diferenciá-la em duas doenças, denominadas conforme os danos específicos que as caracterizam: podridão de vagens e grãos e quebramento de hastes.
Os sintomas da podridão de vagens e grãos são:
- escurecimento do interior da vagem e dos grãos, especialmente no final da fase de enchimento;
- abertura ou apodrecimento dos grãos e das vagens;
- problemas nos grãos já colhidos;
- germinação de grãos imaturos.
Além disso, grãos e sementes podem apresentar aspecto enrugado, e as folhas podem amarelecer e murchar antes do término do período de enchimento de grãos, o que pode resultar em redução da produtividade. As plantas também podem apresentar tecidos necrosados em resposta ao ataque dos patógenos necrotróficos, que se alimentam de tecidos mortos.
No caso do quebramento da haste, os sintomas são:
- alongamento excessivo da haste, especialmente entre a folha cotiledonar e as primeiras folhas;
- necrose da haste;
- tombamento e quebra da planta.
Com o tombamento e quebra da planta, o enchimento de grãos é interrompido, resultando em redução da produtividade.
Quais as condições favoráveis para a ocorrência da anomalia da soja?
Condições climáticas como altas temperaturas e umidade elevada, ou seja, clima abafado e úmido, durante o período crítico da doença (fase de enchimento de grãos), podem favorecer a incidência dos patógenos causadores da anomalia.
Embora a maioria dos relatos seja proveniente da região central do Brasil, a doença já foi detectada em algumas áreas do Sul do país. Além disso, ao mapear áreas com sintomas, notou-se maior frequência da doença em solo descoberto (sem palhada) e em áreas com incidência de fitopatógenos específicos.
Existe tratamento para a anomalia da soja?
Embora alguns pontos ainda devam ser elucidados sobre a problemática, já se sabe que o manejo químico contribui para reduzir os impactos da doença na cultura da soja.
Diversos ensaios foram conduzidos e, entre os ativos testados, o solatenol foi o que apresentou melhor performance de controle, possibilitando mitigar os danos causados pela podridão de vagens e grãos e pelo quebramento da haste da soja.
Durante o período vegetativo, produtos com solatenol em sua composição apresentaram bons resultados de controle. No entanto, pensando em eficiência operacional, a aplicação no pré-fechamento das entrelinhas é a mais importante para combater a anomalia.
Dessa maneira, a Syngenta, mais uma vez confirmando o seu pioneirismo na proteção de cultivos, foi a primeira a registrar soluções para o controle desse problema que coloca em risco a sanidade da soja, com eficiência comprovada contra os patógenos relacionados à sua ocorrência.
ELATUS®
ELATUS® é um fungicida sistêmico e de contato que une dois ativos potentes no controle de doenças da soja: azoxistrobina e solatenol. Conta com uma formulação de fácil dissolução, com rápida penetração após a aplicação, impermeabilizando a superfície da planta e impedindo a entrada de fungos.
Além disso, ELATUS® já é um aliado do produtor, apresentando ação sobre o complexo de doenças que incidem sobre a cultura, especialmente no controle da ferrugem e das principais doenças secundárias, além de ser essencial no manejo antirresistência.
É recomendado para aplicação ainda no período vegetativo (25 dias após a emergência), devendo ser associado com SCORE FLEXI®, visando o controle efetivo do complexo de doenças associadas ao cenário de anomalia, unindo a eficácia do solatenol ao manejo precoce do problema.
ALADE®
ALADE® é um fungicida translaminar, de alta sistemicidade e aderência às folhas, composto por três ativos de alta eficácia: solatenol + ciproconazol + difenoconazol, que, com seu efeito sinérgico, maximizam o controle do complexo de doenças da cultura da soja e fazem de ALADE® o fungicida com maior espectro de ação do mercado, agora recomendado também para o controle da anomalia da soja.
O fungicida ainda conta em sua formulação com a tecnologia Empowered Control, que proporciona maior retenção, espalhamento e translocação do produto na planta, resultando em uma ação imediata.
ALADE® deve ser posicionado no estádio reprodutivo (antes de 70 DAE), no máximo em duas aplicações por ciclo e 14 dias de intervalo entre elas, além de sempre ser associado com multissítios.
MITRION®
MITRION® é um fungicida inovador e de alta performance, composto pelos dois ativos mais potentes do mercado: solatenol e protioconazol. Entrega controle superior com efeito preventivo e curativo em relação às principais doenças da soja, incluindo as anomalias.
MITRION® também é recomendado para posicionamento no estádio reprodutivo (antes de 70 DAE), em no máximo duas aplicações por ciclo e 14 dias de intervalo entre elas, além de sempre ser associado com multissítios.
Posicionamento recomendado das soluções contra a anomalia da soja. Fonte: Manual de Bolso: Manejo de Anomalias e Complexo de Doenças na soja.
É importante lembrar que, aliadas ao controle químico, outras estratégias de manejo devem ser implementadas, prezando pela adoção de boas práticas:
- rotação de ingredientes ativos ou grupos químicos de fungicidas para o manejo antirresistência;
- associação de multissítios, como BRAVONIL®, em todas as aplicações da cultura;
- monitoramento constante da lavoura e das condições climáticas favoráveis à ocorrência de doenças.
É fundamental, ainda, a construção da sanidade ao longo de todo ciclo da cultura, e isso implica principalmente na aplicação de fungicidas posicionados estrategicamente nas diferentes fases de desenvolvimento da cultura, processo que deve ser iniciado ainda no período vegetativo, antes do fechamento das entrelinhas e ao longo do período reprodutivo, para minimizar a ocorrência do problema.
A Syngenta está ao lado do produtor rural em todos os momentos, oferecendo as soluções necessárias para construirmos, juntos, um agro cada vez mais inovador, rentável e sustentável.
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